O self-made-man nos Estados Unidos
No lado capitalista, as coisas tomaram um rumo diametralmente oposto. Nos Estados Unidos, o ideal de felicidade tem sido, há muitos anos, quase sinônimo de riqueza e bem-estar individuais. É o chamado ideal do self-made-man. Um dos primeiros símbolos desse ideal foi o automóvel. Para muitos americanos do início do século não havia felicidade sem um carro na garagem. Um homem, em particular, teve grande influência na construção do modo de vida americano: Henry Ford, o criador da linha de produção em série do automóvel.
Na América sempre se valorizou o esforço individual em busca da felicidade, recompensado pelo consumo de bens que podem tornar a vida mais amena e prazerosa. O apego aos bens de consumo foi levado ao extremo com o 'boom' industrial logo após a Primeira Guerra Mundial. Os Estados Unidos saíram-se vencedores do conflito, e com uma indústria trabalhando a todo vapor. Algumas estimativas calculam em 9 milhões o número de automóveis em circulação pelas ruas e estradas da América, em 1920. Na época, o rádio ocupava lugar nobre da sala de estar dos lares norte-americanos. A revolução tecnológica começava a ganhar corpo junto com as transformações no universo das artes e espetáculos.
Na América sempre se valorizou o esforço individual em busca da felicidade, recompensado pelo consumo de bens que podem tornar a vida mais amena e prazerosa. O apego aos bens de consumo foi levado ao extremo com o 'boom' industrial logo após a Primeira Guerra Mundial. Os Estados Unidos saíram-se vencedores do conflito, e com uma indústria trabalhando a todo vapor. Algumas estimativas calculam em 9 milhões o número de automóveis em circulação pelas ruas e estradas da América, em 1920. Na época, o rádio ocupava lugar nobre da sala de estar dos lares norte-americanos. A revolução tecnológica começava a ganhar corpo junto com as transformações no universo das artes e espetáculos.
"Depois da Primeira Guerra Mundial surgiram uma nova geração e novas coletividades, que passaram a integrar a cena histórica e que criaram uma cultura toda baseada em representações do novo, do moderno, do jovem.
como Isadora Duncan, trazendo a idéia de um retorno à natureza e à condição espontânea do corpo. Ou como Josephine Baker, lembrando as energias mais profundas que nascem das pulsões eróticas e da agressividade.(...) Nesse sentido, o que a sociedade pretendia era ver-se a si mesma como grande espetáculo. Em todos os níveis do cotidiano houve mudanças. Surgia uma nova sociedade de consumo. (...) A sensação é de que se vivia um tempo de euforia, que nada mais tinha a ver com o momento pregresso, o momento de atraso representado pelo século XIX e pelas sociedades fechadas anteriores."
Nicolau Sevcenko
historiador da cultura - USP
historiador da cultura - USP
Nos anos 20, as novas dimensões da estrutura econômica e cultural, ao lado da simplificação do serviço doméstico, ampliaram a presença da mulher num mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e competitivo. Os costumes também se modificaram: as mulheres começaram a se livrar das roupas pesadas e cheias de enfeites, adotando saias e vestidos mais curtos, simples e sóbrios.Já temos, até aqui, os principais elementos culturais e ideológicos que marcariam as imagens dos dois blocos econômicos durante toda a Guerra Fria. Do lado soviético, a ênfase estava no controle estatal dos meios de produção, no desenvolvimento das máquinas, na concepção coletiva de vida. Do lado ocidental, a atenção maior estava no indivíduo, no mercado de consumo, na busca individual da felicidade.
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